Só quem conhece a atividade dos artesãos que confeccionam produtos com a fibra do buriti (mauritia vinifera), sabe o trabalho que dá ter em suas mãos uma peça tão rica e tão bela: o primeiro desafio é tirar o olho da palmeira que é a folha mais nova, quando esta ainda não abriu e assemelha-se a uma lança.
O desafio existe porque a palmeira do buriti, uma das palmeiras nativas do estado do Maranhão, só cresce em áreas ribeirinhas, atingindo cerca de quinze a vinte metros de altura e o olho se encontra lá no centro, na parte mais alta, assim, os bravos artesãos têm que subir na palmeira para poder recolher a matéria-prima. Em seguida, o olho é “riscado”, nome que os artesãos utilizam para denominar a atividade de desfiar olho e extrair o linho que é a parte mais nobre da fibra. Também a parte menos nobre, a palha (parte que reveste o linho) do olho, é transformada em produtos artesanais.
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| Processo de tingimento da libra de buriti. São utilizados produtos naturais para o tingimento da fibra. Fotos: Iderlan Macedo Costa. |
Tem-se então, a matéria-prima necessária para o tingimento. Ressalta-se que o tingimento utilizado pelos artesãos são proveniente de plantas e folhagens naturais da região e de tintas artificiais.
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